Senti-las na pele…
É fácil falar quando não se sente na pele o sofrimento e o abandono que a pobreza e a exclusão social provocam naqueles que a elas ficam amarrados.
É fácil apontar razões e motivos para o mal que toca aos outros.
É fácil apresentar orientações “milagrosas” para a saída do fosso das dívidas, do desemprego, da rua, da toxicodependência…
É fácil, quando não é connosco.
Sinto crescer em mim o desafio de descer à terra e caminhar um pouco entre as mulheres e os homens deste mundo. Sentir o ambiente, o cheiro, o medo, a solidão e a desesperança daqueles com quem me cruzo. Olhar em volta e cada janela e porta à minha frente. Ouvir os gritos silenciosos de tantos dramas aí reinantes.
Verdadeiramente, desejo rasgar o meu coração pelo outro. Já chega de viver indiferente, disfarçado de quem muito se preocupa. É hora de acordar para o serviço da condição humana, essa que o nosso Deus veio habitar.
Neste ano europeu do combate à pobreza e exclusão social a Cáritas, na pessoa de cada um dos seus colaboradores, a começar pela minha pessoa, quer contribuir para despertar consciências e provocar atitudes pró-activas que se traduzam em acções concretas e adequadas às necessidades que se apresentam ao homem do século XXI.
A coragem de querer derrubar barreiras e fazer pontes impõe-se a cada um de nós, pois há que erradicar situações desumanas de vida.
Juntos edificaremos uma sociedade mais justa e mais inclusiva.
Façamos acreditar que isso é possível.
Um Ano novo cheio de Graças,
Pe. Luís Costa
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Pró-activos no combate à Pobreza
Multiplicam-se este ano as iniciativas sobre a luta contra a pobreza e a exclusão social, no âmbito do Ano Europeu 2010.
Mas o teor geral destas iniciativas continua a ser de análise: estatística, sociológica, economista, demo-gráfica... Na base destes estudos e análises definem-se, ou ao menos deploram-se, grandes políticas de fundo e descobrem-se alguns culpados. Percebe-se que há assimetrias económicas, de formação, de acesso a bens e produtos, etc., que devem ser combatidas com políticas estruturais adequadas.
Evidentemente, estes estudos e as consequentes intervenções políticas centrais são imprescindíveis. Mas a fixação neste modelo analista e nas políticas estruturais pode levar-nos à omissão da nossa pequena quota-parte no combate à pobreza e à exclusão social. É preciso, por isso, em complementaridade, contrapor ao teor analista uma atitude pró-activa e às intervenções macro-estruturais um conjunto de pequenas iniciativas locais estudadas e desenvolvidas para cada caso concreto.
Este nível de intervenção micro, sobre uma pessoa ou uma família, não deixa de exigir um estudo aturado sobre o modo como recursos, redes, serviços, competências e outros possíveis factores de inclusão ou exclusão podem ser trabalhados para ajudar o pobre/excluído a entrar num processo de desempobrecimento. Porque, verdadeiramente, ao nível micro, aquilo que está em causa é ajudarmos cada pessoa/família empobrecida a dar pequenos ou grandes passos na direcção certa para sair da sua situação. Trata-se de ajudar as pessoas a entrarem num processo!, que pode ser lento,que pode ter obstáculos extremos a ultrapassar, mas cuja única possibilidade de resultar é elas assumirem a saída da pobreza como orientação fundamental das suas vidas. Todavia, como estamos perante pessoas/famílias em situações muito difíceis, às vezes já de extrema desmotivação, é imprescindível o apoio externo, por exemplo dos grupos sociocaritativos ou de outro qualquer agente das redes sociais locais, um apoio sólido, consistente e continuado, adequado caso a caso.
Mas o teor geral destas iniciativas continua a ser de análise: estatística, sociológica, economista, demo-gráfica... Na base destes estudos e análises definem-se, ou ao menos deploram-se, grandes políticas de fundo e descobrem-se alguns culpados. Percebe-se que há assimetrias económicas, de formação, de acesso a bens e produtos, etc., que devem ser combatidas com políticas estruturais adequadas.
Evidentemente, estes estudos e as consequentes intervenções políticas centrais são imprescindíveis. Mas a fixação neste modelo analista e nas políticas estruturais pode levar-nos à omissão da nossa pequena quota-parte no combate à pobreza e à exclusão social. É preciso, por isso, em complementaridade, contrapor ao teor analista uma atitude pró-activa e às intervenções macro-estruturais um conjunto de pequenas iniciativas locais estudadas e desenvolvidas para cada caso concreto.
Este nível de intervenção micro, sobre uma pessoa ou uma família, não deixa de exigir um estudo aturado sobre o modo como recursos, redes, serviços, competências e outros possíveis factores de inclusão ou exclusão podem ser trabalhados para ajudar o pobre/excluído a entrar num processo de desempobrecimento. Porque, verdadeiramente, ao nível micro, aquilo que está em causa é ajudarmos cada pessoa/família empobrecida a dar pequenos ou grandes passos na direcção certa para sair da sua situação. Trata-se de ajudar as pessoas a entrarem num processo!, que pode ser lento,que pode ter obstáculos extremos a ultrapassar, mas cuja única possibilidade de resultar é elas assumirem a saída da pobreza como orientação fundamental das suas vidas. Todavia, como estamos perante pessoas/famílias em situações muito difíceis, às vezes já de extrema desmotivação, é imprescindível o apoio externo, por exemplo dos grupos sociocaritativos ou de outro qualquer agente das redes sociais locais, um apoio sólido, consistente e continuado, adequado caso a caso.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
2010- Ano Europeu do Combate à Pobreza
2010 é o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Ora, exactamente, é no âmbito de combate à pobreza e à exclusão social que se situa a intervenção da Cáritas, enquanto organização internacional, nacional e diocesana. A Cáritas Diocesana de Coimbra, nas últimas cinco décadas, tem provas dadas neste combate. Podem servir de exemplo as diferentes respostas sociais em equipamento prestadas em equipamentos, mas também as inúmeras acções de formação a nível local em ordem a despertar as consciências para a realidade da pobreza e da exclusão social e a formar grupos de voluntários que intervenham de modo organizado, próximo e imediato sobre as situações mais gritantes.
As comunidades do Pinhal Interior Norte conhecem a nossa acção.
Para nós, pois, 2010, por um lado, é um ano comum! Mas, por outro lado, vivêmo-lo com o enlevo próprio de quem vê reconhecido a nível da União Europeia a justiça de um combate que há seis décadas vimos travando, sem tréguas e sem cedências a ideologias ou modas.
Este blog é apenas mais um modo de estarmos e provocarmos. Será um veículo de reflexão, de notícias, de intervenção multifacetada, que espera ter a colaboração Projecto VerdePino
As comunidades do Pinhal Interior Norte conhecem a nossa acção.
Para nós, pois, 2010, por um lado, é um ano comum! Mas, por outro lado, vivêmo-lo com o enlevo próprio de quem vê reconhecido a nível da União Europeia a justiça de um combate que há seis décadas vimos travando, sem tréguas e sem cedências a ideologias ou modas.
Este blog é apenas mais um modo de estarmos e provocarmos. Será um veículo de reflexão, de notícias, de intervenção multifacetada, que espera ter a colaboração Projecto VerdePino
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Um ano de combate à pobreza
Começa aqui um blog integrado no projecto "Verde Pino", projecto apresentado pela Cáritas Diocesana de Coimbra à Comissão Nacional para o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social (CNAECPES), que tem como parceiros os Centros Paroquiais de Solidariedade Social de Lagares, Ervedal da Beira e Seixo da Beira, a Câmara Municipal de Castanheira de Pêra, a Obra Eugénia Garcia Monteiro de Brito e a CRESCER, e que tem como área de intervenção so concelhos de Alaviázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares.
O blog neste momento inicia-se experimental e ocasionalmente, aguardando a decisão da CNAECPES sobre o Projecto Verde Pino. Esperamos em breve dar-lhe vida e expressão!
O blog neste momento inicia-se experimental e ocasionalmente, aguardando a decisão da CNAECPES sobre o Projecto Verde Pino. Esperamos em breve dar-lhe vida e expressão!
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