Senti-las na pele…
É fácil falar quando não se sente na pele o sofrimento e o abandono que a pobreza e a exclusão social provocam naqueles que a elas ficam amarrados.
É fácil apontar razões e motivos para o mal que toca aos outros.
É fácil apresentar orientações “milagrosas” para a saída do fosso das dívidas, do desemprego, da rua, da toxicodependência…
É fácil, quando não é connosco.
Sinto crescer em mim o desafio de descer à terra e caminhar um pouco entre as mulheres e os homens deste mundo. Sentir o ambiente, o cheiro, o medo, a solidão e a desesperança daqueles com quem me cruzo. Olhar em volta e cada janela e porta à minha frente. Ouvir os gritos silenciosos de tantos dramas aí reinantes.
Verdadeiramente, desejo rasgar o meu coração pelo outro. Já chega de viver indiferente, disfarçado de quem muito se preocupa. É hora de acordar para o serviço da condição humana, essa que o nosso Deus veio habitar.
Neste ano europeu do combate à pobreza e exclusão social a Cáritas, na pessoa de cada um dos seus colaboradores, a começar pela minha pessoa, quer contribuir para despertar consciências e provocar atitudes pró-activas que se traduzam em acções concretas e adequadas às necessidades que se apresentam ao homem do século XXI.
A coragem de querer derrubar barreiras e fazer pontes impõe-se a cada um de nós, pois há que erradicar situações desumanas de vida.
Juntos edificaremos uma sociedade mais justa e mais inclusiva.
Façamos acreditar que isso é possível.
Um Ano novo cheio de Graças,
Pe. Luís Costa
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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