Acaba hoje 2010, o Ano Europeu o Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Do ponto de vista que realmente interessa, o combate à pobreza, o Ano Europeu foi um fracasso. Aumentaram os pobres na Europa e em Portugal. Estima-se que há mais 400 mil pobres em Portugal desde que a "crise" começou.
Mas o Ano europeu também teve méritos. Ajudou sobretudo a criar uma consciência para a pobreza e para o pobre. Aquilo que tem sido uma luta quase marginal, de IPSS, de gente de boa vontade, de pessoas humanitárias, irrompeu pelos corredores do poder político e dos mass media.
Infelizmente, assistiu-se também, sobretudo na parte final deste ano e na aproximação ao Natal, a uma "assistencialização" da luta contra pobreza (a que julgámos não ser possível voltar) e ao poder político aos diversos níveis tornar-se ele próprio promotor da "caridadezinha", recusando à evidência assumir aquilo que é a sua competência própria: agir em favor de um desempobrecimento estrutural da sociedade. Também no combate à pobreza "cada macaco deve estar no seu galho": quem tem por missão fazer mudanças estruturais que as faça; quem tem missão assistencial, que assista; quem tem missão de prestar serviços sociais, que os concretize. Se cada um fizer aquilo que lhe compete, o combate tem mais probabilidade de sair vitorioso.
Da parte do Projecto "Verde Pino" ultrapassámos todas as metas que nos propusemos, em termos de acções: encontros e wokshops bem participados, ateliers criativos, publicações úteis, divulgação escrita, fotográfica e digital de qualidade.
Mas, em termos de sensibilização, continua a ficar um grande caminho para percorrer. Sobretudo os workshops trouxeram ao de cima a persistência arreigada de uma mentalidade que julgávamos muito mais esbatida: a culpabilização dos pobres pela sua própria pobreza.
Enquanto for esta a mentalidade comum no inconsciente cultural colectivo português, o nosso trabalho continua em aberto, numa gigantesca tarefa a desenvolver - dizendo-o sem meias palavras - de educação das consciências, das atitudes e dos comportamentos. Porque o pobre é a medida de toda a intervenção da Cáritas.
Obrigado a todos os parceiros e a todos os amigos que connosco viveram e promoveram o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, ajudando o Projecto a cumprir os seus objectivos. Continuamos a contar convosco nesta luta contra a pobreza, em todas e quaisquer das suas formas, porque na luta contra a pobreza o que está em causa, em última instância, é o respeito pela dignidade da pessoa humana e a promoção do bem comum de toda a sociedade.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Sebenta Pobreza e Desempobrecimento
Já saiu a Sebenta "Pobreza e Desempobrecimento", a acção nº 10 dos Projectos Verde Pino, Cidadania Inclusiva, e PorMorCausa.
A Sebenta tem uma parte teórica sobre a pobreza, uma parte metodológica, alguns testemunhos de pessoas pobres e de pessoas que reflectem sobre a pobreza e uma parte final sobre as respostas que o Instituto de Segurança Social gere neste âmbito.
Trata-se de um trabalho feito mais em termos de consulta , fornecendo também materiais de trabalho para grupos de voluntariado local, escolas, catequeses, agentes de IPSS...
O capítulo mais desenvolvido, partindo da matriz própria da Cáritas - a caridade -, procura aprofundar uma perspectiva metodológica de intervenção junto da pobreza ao nível micro, com fundamentação na parábola bíblica do Bom samaritano.
A Sebenta está agora a ser distribuída aos nossos parceiros, às pessoas e organismos que colaboraram para a sua realização e a diversos interventores locais que participaram com a Cáritas mais activamente nos Projectos da Instituição neste Ano Europeu.
A Sebenta tem uma parte teórica sobre a pobreza, uma parte metodológica, alguns testemunhos de pessoas pobres e de pessoas que reflectem sobre a pobreza e uma parte final sobre as respostas que o Instituto de Segurança Social gere neste âmbito.
Trata-se de um trabalho feito mais em termos de consulta , fornecendo também materiais de trabalho para grupos de voluntariado local, escolas, catequeses, agentes de IPSS...
O capítulo mais desenvolvido, partindo da matriz própria da Cáritas - a caridade -, procura aprofundar uma perspectiva metodológica de intervenção junto da pobreza ao nível micro, com fundamentação na parábola bíblica do Bom samaritano.
A Sebenta está agora a ser distribuída aos nossos parceiros, às pessoas e organismos que colaboraram para a sua realização e a diversos interventores locais que participaram com a Cáritas mais activamente nos Projectos da Instituição neste Ano Europeu.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Erros do PIB
"Quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alasca, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de actividades económicas, e não se são úteis ou nocivas. O PIB mede o fluxo dos meios, não o alcance dos fins.
(...) A diferença entre os meios e os fins na contabilidade aparece claramente nas opções de saúde. A Pastoral da Criança, por exemplo, desenvolve um amplo programa de saúde preventiva, atingindo milhões de crianças até 6 anos de idade através de uma rede de cerca de 450 mil voluntárias. São responsáveis, nas regiões onde trabalham, por 50% da redução da mortalidade infantil, e 80% da redução das hospitalizações. Com isto, menos crianças ficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menos serviços hospitalares, e que as famílias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto de vista das contas económicas é completamente diferente: ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB. Mas o objectivo é aumentar o PIB ou melhorar a saúde (e o bem-estar) das famílias?"
(L. Dowbor, cit. por Joana Rigato na XXVI Semana Nacional de Pastoral Social)
(...) A diferença entre os meios e os fins na contabilidade aparece claramente nas opções de saúde. A Pastoral da Criança, por exemplo, desenvolve um amplo programa de saúde preventiva, atingindo milhões de crianças até 6 anos de idade através de uma rede de cerca de 450 mil voluntárias. São responsáveis, nas regiões onde trabalham, por 50% da redução da mortalidade infantil, e 80% da redução das hospitalizações. Com isto, menos crianças ficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menos serviços hospitalares, e que as famílias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto de vista das contas económicas é completamente diferente: ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB. Mas o objectivo é aumentar o PIB ou melhorar a saúde (e o bem-estar) das famílias?"
(L. Dowbor, cit. por Joana Rigato na XXVI Semana Nacional de Pastoral Social)
Decrescimento sutentável - com humor
Texto de Maurizio Pallante, cit. por Joana Rigato na XXVI Semana Nacional de Pastoral Social:
Uma economia que não cresce é considerada como um peixe que não nada. Uma contradição nos termos. (...) Mas em que é que consiste este crescimento? (...)
Se vais daqui até ali de automóvel e não encontras trânsito na estrada consomes uma certa quantidade de combustível. Mas se ficares preso numa fila quilométrica, consomes muito mais. Portanto, fazes crescer muito mais o produto interno bruto. Portanto, estás melhor. E então porque é que te zangas? Pensa antes que me farás estar melhor também a mim, que nem conheces, tal como a 57 milhões e tal de italianos (10 milhões de portugueses). Ao pensar na tua generosidade até me comovo (...) ao longo desde caminho de terra na montanha onde não faço crescer o pro¬duto interno bruto porque não consumo nada - a não ser um bocado da sola das minhas botas. Mas comprei-as há 10 anos e ainda estão boas. Claro que ao longo destes 10 anos fizeram-se novos modelos de botas, mudaram-lhes as cores, passaram as tiras de velcro um bocadinho mais para cima, depois um bocadinho mais para baixo, depois um bocadinho mais para o lado, depois fizeram-nas mais apertadas, depois mais largas, mas este ano, vi-as ontem na montra, estão novamente iguais às tiras das minhas botas. E meteram-nas no mesmo sítio. Até a cor é igual. Parece que acabei de as comprar.
Estou quase a chegar ao cimo da serra. Vou andando devagar, com passadas regulares. Para não me lamentar da minha desgraça e não me sentir demasiado em culpa para contigo, não te vou dizer nada acerca da paisagem e do ar que respiro. Tanto a paisagem como o ar são de graça, e nem ao olhar nem ao cheirar eu consumo alguma coisa. Nem posso imaginar o quanto tu estarás contente ao consumir gasolina, travões, embraiagem e pneus, metido no meio das chapas de aço e do escape dos carros! E como me estás a fazer feliz a mim! Só te falta acender um cigarro e beber um golo de Coca-cola para atingir - e me fazeres atingir - um nível de felicidade ainda maior. Eu, pelo contrário, estou só a encher o meu cantil com a água de uma fonte. Não custa dinheiro. Depois vou comer alguns tomates que cultivei na horta, que também não custaram dinheiro algum, e umas fatias de pão que fiz em casa com farinha de trigo cultivado de forma biológica. Farinha de trigo que eu compro directamente do produtor, saltando os intermediários. Comprando a farinha também eu faço crescer o produto interno bruto, mas menos do que se a comprasse no supermercado, com um belo de um certificado que serviria só para a encarecer. E menos ainda do que se comprasse o pão já feito. Não consigo libertar-me deste egoísmo, deste desejo de infelicidade que parece que se cola à minha pele como o asfalto a escaldar à sola dos teus sapatos. Acabaste de os comprar e já vais ter de comprar outros. Vê só a tua sorte! As oportunidades para fazer o bem caem-te do céu!...
Uma economia que não cresce é considerada como um peixe que não nada. Uma contradição nos termos. (...) Mas em que é que consiste este crescimento? (...)
Se vais daqui até ali de automóvel e não encontras trânsito na estrada consomes uma certa quantidade de combustível. Mas se ficares preso numa fila quilométrica, consomes muito mais. Portanto, fazes crescer muito mais o produto interno bruto. Portanto, estás melhor. E então porque é que te zangas? Pensa antes que me farás estar melhor também a mim, que nem conheces, tal como a 57 milhões e tal de italianos (10 milhões de portugueses). Ao pensar na tua generosidade até me comovo (...) ao longo desde caminho de terra na montanha onde não faço crescer o pro¬duto interno bruto porque não consumo nada - a não ser um bocado da sola das minhas botas. Mas comprei-as há 10 anos e ainda estão boas. Claro que ao longo destes 10 anos fizeram-se novos modelos de botas, mudaram-lhes as cores, passaram as tiras de velcro um bocadinho mais para cima, depois um bocadinho mais para baixo, depois um bocadinho mais para o lado, depois fizeram-nas mais apertadas, depois mais largas, mas este ano, vi-as ontem na montra, estão novamente iguais às tiras das minhas botas. E meteram-nas no mesmo sítio. Até a cor é igual. Parece que acabei de as comprar.
Estou quase a chegar ao cimo da serra. Vou andando devagar, com passadas regulares. Para não me lamentar da minha desgraça e não me sentir demasiado em culpa para contigo, não te vou dizer nada acerca da paisagem e do ar que respiro. Tanto a paisagem como o ar são de graça, e nem ao olhar nem ao cheirar eu consumo alguma coisa. Nem posso imaginar o quanto tu estarás contente ao consumir gasolina, travões, embraiagem e pneus, metido no meio das chapas de aço e do escape dos carros! E como me estás a fazer feliz a mim! Só te falta acender um cigarro e beber um golo de Coca-cola para atingir - e me fazeres atingir - um nível de felicidade ainda maior. Eu, pelo contrário, estou só a encher o meu cantil com a água de uma fonte. Não custa dinheiro. Depois vou comer alguns tomates que cultivei na horta, que também não custaram dinheiro algum, e umas fatias de pão que fiz em casa com farinha de trigo cultivado de forma biológica. Farinha de trigo que eu compro directamente do produtor, saltando os intermediários. Comprando a farinha também eu faço crescer o produto interno bruto, mas menos do que se a comprasse no supermercado, com um belo de um certificado que serviria só para a encarecer. E menos ainda do que se comprasse o pão já feito. Não consigo libertar-me deste egoísmo, deste desejo de infelicidade que parece que se cola à minha pele como o asfalto a escaldar à sola dos teus sapatos. Acabaste de os comprar e já vais ter de comprar outros. Vê só a tua sorte! As oportunidades para fazer o bem caem-te do céu!...
Feliz Natal
A "Virgem da Pedreira", tábua de Andrea Mantegna, apresenta o seu menino ao mundo e defende-o simultaneamente dele, do pesado mundo de trabalhos que decorrem por detrás dela. Aspereza, trabalho, serenidade, protecção, oferta...
Quantas imagens ocorrem?!
Feliz Natal. Bom Ano Novo.
Quantas imagens ocorrem?!
Feliz Natal. Bom Ano Novo.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Inclusão de pessoas com deficiência
Mesmo sendo um filme condicionado pela realidade brasileira, vale a pena ver.
E Jesus... nasceu POBRE também!
Ok. Em tempo de Natal, porque não incorporar um filme de Natal tão actual?! Até porque, segundo a mais segura tradição, Jesus nasceu pobre também!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O grilo e a moeda
Em tempo de tanto ruído de "natal", onde até a solidariedade para com os mais pobres corre o risco de ser convertida num "consumível", vale a pena estarmos atentos à afinação da nossa sensibilidade...
Esta é uma estória que nos alerta para isso.
Um sábio indiano tinha um amigo íntimo que vivia na grande cidade de Barcelona. Tinham-se conhecido na Índia, onde o espanhol tinha ido com a sua família num cruzeiro turístico. O indiano tinha feito de guia aos passageiros espanhóis, levando-os a visitar os lugares mais típicos do seu país.
Agradecido, o amigo espanhol tinha convidado o indiano para sua casa. Queria corresponder ao favor, mostrando-lhe também a sua cidade. O sábio indiano foi-se escusando, mas por fim cedeu à insistência do seu amigo, e um belo dia tomou o avião e aterrou no aeroporto de Barcelona.
No dia seguinte, o espanhol e o indiano estavam juntos a passear pelo centro da cidade. O indiano, com a sua cara escura cor de chocolate, com barba negra e turbante amarelo, atraía os olhares das pessoas. E o espanhol caminhava orgulhoso de ter um amigo tão exótico.
De repente, numa das avenidas mais movi-mentadas, o indiano parou e disse:
- Ops!, estás a ouvir o que eu estou a ouvir?
O espanhol, um pouco surpreendido, aguçou o ouvido quanto pode, mas confessou que não ouvia mais que o ruído do trânsito e das pessoas que passavam.
- Pois aqui próximo está um grilo a cantar, disse o indiano seguro de si mesmo.
- Enganaste-te, de certeza -, respondeu o espanhol. - Eu só oiço o motor dos carros e o barulho da cidade. E além disso, o que estava um grilo aqui a fazer?
- Tenho a certeza. Oiço um grilo a cantar -, respondeu o indiano e, sem pensar duas vezes, pôs-se a procurar entre as folhas de uns arbustos e ervas que ali havia.
Pouco depois apontava para um magnífico grilo cantador, que se escondia entre as folhas, aborrecido com quem lhe vinha estragar o concerto!
- Vês como era um grilo? -, disse o indiano.
- Tens razão -, admitiu o espanhol. -Vós, os indianos, tendes um ouvido muito mais apurado que nós, os europeus...
- Enganas-te -, respondeu-lhe o indiano sorrindo. Repara bem... E o indiano tirou do seu bolso uma pequena moeda e, como que por descuido, deixou-a cair na calçada.
Logo quatro ou cinco pessoas viraram a cabeça!
- Viste? -, continuou o indiano. - A moeda ao cair fez um barulho muito mais curto e muito mais fraco que o canto do grilo. E reparaste como os europeus o ouviram?
(Bruno Ferrero, El canto del grillo)
Esta é uma estória que nos alerta para isso.
Um sábio indiano tinha um amigo íntimo que vivia na grande cidade de Barcelona. Tinham-se conhecido na Índia, onde o espanhol tinha ido com a sua família num cruzeiro turístico. O indiano tinha feito de guia aos passageiros espanhóis, levando-os a visitar os lugares mais típicos do seu país.
Agradecido, o amigo espanhol tinha convidado o indiano para sua casa. Queria corresponder ao favor, mostrando-lhe também a sua cidade. O sábio indiano foi-se escusando, mas por fim cedeu à insistência do seu amigo, e um belo dia tomou o avião e aterrou no aeroporto de Barcelona.
No dia seguinte, o espanhol e o indiano estavam juntos a passear pelo centro da cidade. O indiano, com a sua cara escura cor de chocolate, com barba negra e turbante amarelo, atraía os olhares das pessoas. E o espanhol caminhava orgulhoso de ter um amigo tão exótico.
De repente, numa das avenidas mais movi-mentadas, o indiano parou e disse:
- Ops!, estás a ouvir o que eu estou a ouvir?
O espanhol, um pouco surpreendido, aguçou o ouvido quanto pode, mas confessou que não ouvia mais que o ruído do trânsito e das pessoas que passavam.
- Pois aqui próximo está um grilo a cantar, disse o indiano seguro de si mesmo.
- Enganaste-te, de certeza -, respondeu o espanhol. - Eu só oiço o motor dos carros e o barulho da cidade. E além disso, o que estava um grilo aqui a fazer?
- Tenho a certeza. Oiço um grilo a cantar -, respondeu o indiano e, sem pensar duas vezes, pôs-se a procurar entre as folhas de uns arbustos e ervas que ali havia.
Pouco depois apontava para um magnífico grilo cantador, que se escondia entre as folhas, aborrecido com quem lhe vinha estragar o concerto!
- Vês como era um grilo? -, disse o indiano.
- Tens razão -, admitiu o espanhol. -Vós, os indianos, tendes um ouvido muito mais apurado que nós, os europeus...
- Enganas-te -, respondeu-lhe o indiano sorrindo. Repara bem... E o indiano tirou do seu bolso uma pequena moeda e, como que por descuido, deixou-a cair na calçada.
Logo quatro ou cinco pessoas viraram a cabeça!
- Viste? -, continuou o indiano. - A moeda ao cair fez um barulho muito mais curto e muito mais fraco que o canto do grilo. E reparaste como os europeus o ouviram?
(Bruno Ferrero, El canto del grillo)
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