Sentada contra a porta, protegendo-se da noite fria, com cara de mártir da sorte, a romena pedia alguns cêntimos a quem entrava na Igreja para a missa vespertina. Se era romena ou não, romani ou outra que fosse, quem o poderia atestar?! Não trazia crianças com ela. Do mal, o menos. Sobe depois ao coro alto, vão adiantadas as leituras. Segue serena o rito sagrado. Ao ofertório dá das moedas que lhe deram. Outra viúva no templo de Jerusalém?! À comunhão, alinha-se na fila até ao sacerdote, comunga, e regressa à entrada da porta. A saída, lá está, com sua cara de mártir da vida, pedindo alguns cêntimos.
Quem és?, Donde és?, De que afectos ou desafectos vives?, Porque pedes, para que pedes ou para quem pedes? Tanto irmão e nenhum sabe de ti.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
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